Morreu
neste sábado (25), às 16h52, o engenheiro mecânico Bruno Maranhão, de 74 anos,
que estava internado há mais de duas semanas no Hospital Memorial São José, no
Derby.A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. O velório será neste
domingo (26), às 8h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, e a cremação
ocorre em seguida, às 11h. As informações são do DPnet.
Segundo os
médicos, a saúde de Bruno apresentava uma situação delicada desde junho de
2011. Ele foi submetido a duas cirurgias para conter a lesão de uma isquemia e
de uma trombose cerebral. Chegou a ficar em coma induzido e apresentar
sequelas.
Amigo
pessoal do ex-presidente Lula e com um intenso histórico de militância,
Maranhão foi líder estudantil e exilado político durante o regime militar. Ele
também já integrou a executiva nacional do PT. Em 2006, chamou a atenção por
causa da invasão do Congresso com um grupo de sem-terra, chegando a ficar preso
por 39 dias na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Apesar da militância no
MLST, Maranhão é herdeiro de uma bem-sucedida família de usineiros.
“Nesse
caso da invasão ao Congresso Nacional, fui testemunha de defesa dele. Sempre
tivemos uma relação muito boa do ponto de vista pessoal e político. Estávamos
politicamente mais distanciados. Ele vinha com uma oposição dentro do partido e
eu com outra, mas nossa relação sempre foi a melhor possível. Bruno é uma
pessoa muito importante na minha trajetória política.
Durante muito tempo, fui
aliado incondicional dele”, disse o senador Humberto Costa.
Segundo
Costa, Bruno Maranhão sempre foi muito dedicado à luta. “Pessoa extremamente
doce, educada e nunca levou para o campo pessoal as disputas políticas dentro
do partido. Lembro que passamos por muitos momentos marcantes, como a eleição
de 1982 e outros em que estivemos juntos no processo de formação do PT. Fui
coordenador da campanha dele para prefeitura do Recife em 1985. Sempre tivemos
uma relação muito próxima”.
Ainda no
histórico político, Maranhão participou das candidaturas ao cargo de prefeito
do Recife e de governador de Pernambuco. Dirigiu e fundou o Partido Comunista
Brasileiro Revolucionário (PCBR). Na época da ditadura militar, 12 integrantes
da sigla foram encontrados mortos e quatro desapareceram. A atual corrente
interna do PT, conhecida como Brasil Socialista, teve origem no PCBR.