Governo paraguaio conhece experiências da ASA em Pernambuco

O ministro de Emergência Nacional do Paraguai, Joaquim Roa, acompanhado de uma delegação do ministério paraguaio, visitou experiências de convivência com o Semiárido, na comunidade Cafundó no município de Buíque, no Agreste do estado. A iniciativa do intercâmbio foi fruto da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), Diocese de Pesqueira e Fundação AVINA.

O ministro e a delegação do Paraguai conheceram algumas ações estratégicas de convivência desenvolvidas pela ASA, como as cisternas de placas de 16 mil litros d’água, cisterna calçadão de 52 mi litros, barragem subterrânea e bomba d’água popular.

Essas tecnologias garantem a captação d’água da chuva o ano todo para as famílias agriculturas beberem, cozinharem e plantarem. São essas tecnologias que têm ajudado e amenizado a população do Semiárido a atravessar essa estiagem prolongada.

No Paraguai, há uma região muito similar com o Semiárido brasileiro, que é o Grande Chaco. Uma área de clima seco com diversidade biológica e muito populosa. Possui um milhão de quilómetros quadrados localizados no centro do continente Sul-americano, além da República Paraguaia faz fronteira com Argentina e Bolívia.

É nesse espaço geográfico que e se apresenta, ao mesmo tempo, a diversidade e as urgências sociais gritantes e uma forte pressão sobre o ambiente. Um lugar com fome de desenvolvimento equitativo e sustentável em benefício da humanidade.

Para a secretária executiva da Cáritas Diocesana de Pesqueira e coordenadora da ASA em Pernambuco, Neilda Pereira, a visita do ministro, com sua equipe, consolida a caminhada de construção de um novo Semiárido.

“O conjunto de ações desenvolvidas pela ASA mostra que estamos contribuindo e fazendo políticas públicas. Esse intercâmbio do governo paraguaio reforça que estamos também no caminho de iniciativas estruturantes e transformadoras para a região”, disse.

“Saímos muitos felizes, eu e minha equipe, com tudo que vimos e vivenciamos aqui. Aprendemos muito com as famílias agricultoras desde a hora que chegamos. A ideia é replicarmos essas estratégicas e metodologias de convivência da ASA e transformá-las em políticas públicas”, falou orgulhoso o ministro Joaquim Roa.