Municípios do Sertão produzem e exportam maconha. Princesa Isabel é rota

Nos últimos quatro anos, a Paraíba entrou significativamente na rota de produção da droga, com plantios encontrados em municípios do Sertão, Cariri e Agreste. A cidade de Monteiro, no Cariri, é considerada pela polícia e especialistas em combate às drogas como a principal área de risco, por conta da localização geográfica favorável à ação de traficantes foragidos do ‘Polígono da Maconha’, em Pernambuco.

Em Prata e Ouro Velho (próximos a Monteiro), também já houve descoberta de plantios. Monteiro, há quatro anos, já era apontado pela Polícia Federal como um dos 10 principais produtores de maconha, em mapa que ainda colocou na rota, Princesa Isabel, Catolé do Rocha e outras sete cidades.
Não é de hoje que traficantes enxergam a Paraíba como área propícia à produção, mas a fuga deles para o Estado se intensificou nos últimos anos, com a pressão policial nas cidades do ‘Polígono da Maconha’, em Pernambuco. De 2011 a 2013, as polícias Federal, Civil e Militar encontraram os 306 mil pés de maconha em cinco plantios que, juntos, somavam uma área de 20 hectares.

As maiores descobertas já realizadas em território paraibano aconteceram este ano. A primeira em uma comunidade rural localizada entre as cidades de São Bento e Catolé do Rocha, no Sertão. No sítio, foram encontrados 62 mil pés plantados em 3 hectares e em fase de colheita. A última e considerada a maior descoberta foi em outubro, na zona rural de Monteiro, quando foram encontrados 10 hectares onde haviam sido plantados cerca de 200 mil pés de maconha, que já estavam em fase de produção. Ao todo, foram apreendidos quase 3 mil quilos.

Por Sabrina Barbosa