O
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), virtual candidato à Presidência
da República, assumiu, pela primeira vez, que deve renunciar o comando do
Executivo para disputar a eleição no próximo ano. O socialista afirmou nesta
segunda-feira (30) que permanecerá no exercício do mandato até a data
estabelecida pela legislação eleitoral, ou seja, até o dia 4 de abril. Nos
bastidores, especulava-se que Campos poderia deixar o governo ainda no começo
de 2014 para dar mais “carga” ao seu projeto presidencial.
“Vamos
ficar até o prazo estabelecido pela Lei Eleitoral. A lei exige um prazo de
desincompatibilização para aqueles que serão candidatos às eleições. Vou ficar
no governo até o prazo legal, que é dia 4 de abril”, disse Eduardo Campos, em
entrevista à Rádio Cultura
de Palmares, município da Mata Sul pernambucana, onde o Governo do
Estado entregou 707 casas da Operação Reconstrução nesta segunda-feira.
“Até o
tempo que a legislação determina, vou estar em Pernambuco cuidando da minha
tarefa, que é cuidar da segurança, da educação, da saúde, do saneamento,
atraindo empresas para a geração de empregos. Esse é o meu dia-a-dia, que faço
com grande ânimo e determinação”, completou Campos, que não citou outro prazo
importante para o PSB: a escolha do candidato do partido ao governo de
Pernambuco no próximo ano.
Comenta-se
que a decisão seja realizada antes do carnaval, em março. Concorrem a indicação
os secretários Milton Coelho (Governo), Tadeu Alencar (Casa Civil), Fernando
Figueira (Saúde), Paulo Câmara (Fazenda), além do ex-ministro Fernando Bezerra
Coelho, este último citado como o “favorito” entre o grupo. Existe uma
apreensão no PSB depois da saída do PTB, do senador Armando Monteiro Neto, da base
do governo. Armando, que é pré-candidato, já tem circulado e costurando apoios
pelo estado. O trabalhista poderá contar com o apoio do ex-presidente Lula e da
presidente Dilma Rousseff, do PT.
Do
Diário de Pernambuco