O veto integral da presidente Dilma Rousseff ao projeto de
lei aprovado no mês passado pelo Congresso e que previa a criação de 188 novos
municípios. Conforme publicado no Diário Oficial da União, revoltou os
defensores que queriam ver seus distritos se tornando municípios.
“A medida permitirá a expansão
expressiva do número de municípios no País, resultando em aumento de despesas
com a manutenção de sua estrutura administrativa e representativa. Além disso,
esse crescimento de despesas não será acompanhado por receitas equivalentes, o
que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade
macroeconômica. Por fim, haverá maior pulverização na repartição dos recursos
do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, o que prejudicará principalmente
os municípios menores e com maiores dificuldades financeiras”, diz o despacho
assinado pela presidente.
Nos estúdios da Pajeú, Luiz Alberto
da Comissão de Emancipação de Ibitiranga e Nelson Tadeu Daniel da Comissão de
Emancipação de Fátima. Luiz Alberto, disse que foi uma traição sem tamanho por
parte da presidenta, pois a mesma havia acenado que iria aprovar o projeto de
lei.
“Ela se pronunciou a favor, disse que
sancionaria, mas acho que foi porque a popularidade estava em baixa”, afirmou
Luiz. Disse ainda não concordar com os argumentos usados pela presidenta para
justificar o veto.
“Foi um gesto terrível, é triste, é
lamentável este ato que a presidenta fez, principalmente com o Nordeste”,
desabafou Luiz. “Nós vamos desmoralizá-la”, prometeu Luiz.
Nelson Tadeu ressaltou que também
está sentido, e que também foi informado que seria sancionado até quarta-feira
e de repente a presidenta veta. “É impossível, lamentável é uma traição ao povo
brasileiro”, desabafou Nelson.
Disse ainda que teria sido mais digno
e ético da parte da presidenta, que dissesse logo que não iria aprovar. Nelson
ameaçou, “dois mil e quatorze esta ai” e completou, “Eu gostaria de colocar que
não esta perdido não.
Disse que vão pressionar os deputados
e os senadores, para derrubar o veto. “A nossa luta agora é mobilizar nossas
bases para que os deputados derrubem o veto”, afirmou Nelson.
Por J.Campos